O Banco Central do Brasil deu início, nesta quarta-feira, 17, ao processo de retirada definitiva das cédulas de R$ 2 a R$ 100 da primeira família do Real, lançadas em 1994, no início do Plano Real. Na prática, o dinheiro antigo segue com valor legal e pode ser usado normalmente, mas deixa de voltar à circulação sempre que passa pelo sistema bancário.
A medida faz parte da política de renovação do meio circulante e não prevê recolhimento imediato por parte da população. O foco está no fluxo natural do dinheiro: quando as notas antigas chegam a caixas de bancos, em depósitos, pagamentos ou trocas, elas são separadas e retidas, em vez de retornarem ao bolso dos consumidores.
Com isso, a presença dessas cédulas no cotidiano tende a diminuir de forma progressiva. O impacto é percebido aos poucos, à medida que o papel moeda antigo vai sendo substituído por notas mais recentes, com melhor estado de conservação e elementos de segurança atualizados.
O que muda para quem usa dinheiro vivo
As notas da primeira família do Real continuam sendo aceitas em compras e transações, já que permanecem como meio de pagamento legal. A diferença ocorre quando entram no circuito bancário: ao serem identificadas, passam a ser recolhidas pelas instituições financeiras.
Na prática, o consumidor ainda pode receber uma cédula antiga no comércio, mas ela tende a desaparecer do uso cotidiano assim que retornar ao sistema financeiro.
Como funciona o processo nos bancos
O procedimento orienta que as cédulas antigas sejam separadas durante as atividades de caixa. Depois disso, elas seguem para custódia e para o fluxo de substituição definido pelo Banco Central. Com o tempo, a circulação passa a ser dominada pela segunda família do Real, que entrou em circulação a partir de 2010.



