Com a proximidade da Black Friday, os consumidores já começam a mapear oportunidades e decidir onde vale realmente gastar. Inclusive, o mês de novembro, segundo estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Bahia (Fecomércio-BA), promete ser um dos meses mais aquecidos para o varejo no estado: o setor deve faturar R$ 16 bilhões, impulsionado por promoções estendidas durante todo o mês, maior circulação de renda, crédito e chegada do 13º salário.
Estima-se um aumento de 9% no setor varejista na comparação com o mesmo período do ano anterior e as vendas devem ser lideradas pelos setores de eletrodomésticos e eletrônicos, com expectativa de crescimento em 10% quando comparado com 2024.
“O setor que sempre chama mais a atenção no período é o de eletrodomésticos e eletrônicos que deve apresentar crescimento de 10% no contraponto anual. São os consumidores buscando um celular novo, um televisor de um modelo mais recente ou algum aparelho que necessite para o domicílio”, explica o consultor econômico Guilherme Dietze.
A tendência se confirma também no comportamento digital. De acordo com um estudo recente da Fecomércio BA, no e-commerce, os produtos mais adquiridos pelos consumidores da Bahia são justamente desse segmento, com os smartphones liderando a lista.
Por outro lado, móveis e decoração (16%) e farmácias e perfumarias (15%) devem ter fortes altas no período. “O bom momento da economia deve elevar as vendas em todas as atividades do comércio, com destaque para os setores de móveis e decoração, bem como farmácias e perfumarias, de 16% e 15%, respectivamente. São dois setores com características diferentes, uma mais essencial e a outra com produtos mais caros. No entanto, dada a maior capacidade de consumo das famílias, via emprego e crédito, ambos devem se beneficiar no mês de novembro”, destaca o presidente do Sistema Comércio BA, Kelsor Fernandes.
As promoções devem alcançar também outros segmentos que, embora não sejam os que oferecem os maiores descontos unitários, tendem a ter grande volume de vendas devido ao consumo contínuo e ao comportamento de compra típico da data. Tratam-se de supermercados (+9%); outras atividades do varejo: (+4%); e vestuário, tecidos e calçados: (+3%).



