Uma recente discussão sobre hora para fazer sexo movimentou as redes sociais após a apresentadora Fernanda Lima expor a rotina sexual com o ator Rodrigo Hilbert. Casados a cerca de 20 anos, ambos revelaram ter altos e baixo na intimidade e por causa da agenda intensa do casal, muitas vezes precisam agendar sexo entre eles.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Kinsey, nos Estados Unidos, 45% dos casais ouvidos em diferentes países “transam poucas vezes por mês” e 13% falam em “apenas algumas vezes por ano”. É pouco se comparado à média da população mundial, de uma a três vezes por semana.

Especialistas definem isso como ciclo natural dos relacionamentos. “Por mais que o casal tenha uma assiduidade alta no início, na maioria das vezes ela vai diminuindo com os anos”, diz Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo ao Veja.

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O exercício diário da maternidade, que vem embutido de cansaço e de uma mexida na ordem de prioridades, é um dos fatores citados por 45% de uma amostra investigada por uma plataforma de estudos populacionais do Reino Unido como principal fator para a diminuição da intimidade e a queda à metade da regularidade do sexo. De acordo com especialistas, é algo universal.

Há especialistas que apontam para as mudanças políticas e movimentos feministas como importante fator para conquistas no campo sexual entre as mulheres. “As mulheres foram deixando a posição de submissão e a ideia de que tinham que agradar o parceiro, e não a si mesmas, sem considerar o seu prazer”, observa a historiadora Mary Del Priore

A atriz Mônica Martelli, 57, já aderiu e defende a estratégia. “Se agendamos dia para tudo — buscar filho na escola, ir à terapia, praticar ioga —, por que não fazer o mesmo com o sexo?”, provoca ela.

Também com o casal de atores Taís Araújo e Lázaro Ramos. Ambos com 46 anos e há mais de duas décadas juntos, eles abraçaram a ideia. “Às vezes, a gente precisa deixar marcado o encontro para reservar esse tempo para nós”, explica Taís.