Um grupo de pesquisadores da Universidade de Viena, na Áustria, concluiu que um adolescente de 12 anos que apresentou ereção por mais de 24 horas teve o problema devido à covid. O caso foi publicado no periódico Urology e levantou a relação entre o coronavírus e quadros de microtromboses, observados desde o início da pandemia.

Ereções involuntárias e prolongadas são chamadas de priapismo e podem causar danos ao tecido peniano, levando à disfunção erétil e até necrose do membro. No órgão, a circulação do sangue entre artérias e veias é chamada de terminal. “O priapismo é a congestão por dificuldade de fazer o sangue retornar, é como se ele entrasse pelas artérias e não pudesse ser escoado pelas veias”, explica o urologista pediátrico Ubirajara Barroso Júnior, coordenador de urologia da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e membro titular da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia).