Durante um seminário promovido pelo Sindipoc (Sindicato dos Policiais Civis da Bahia), realizado nesta sexta-feira (12), na Assembleia Legislativa da Bahia, uma subtenente da Polícia Militar fez uma denúncia pública e emocionante.
A policial afirmou que sofreu — e ainda sofre — assédio e perseguição de um capitão da corporação, quando atuava no Batalhão da Mulher, unidade responsável justamente pelo acolhimento de mulheres vítimas de violência.
Em meio às lágrimas, a subtenente relatou que chegou a pedir ajuda aos seus superiores, mas não recebeu apoio:
“Eu informei aos meus comandantes. Eu informei. E ninguém se importou comigo. Eu era subtenente que trabalhava dentro da Casa da Mulher Brasileira, atendendo mulheres vítimas de violência. Mas dentro do Batalhão da Mulher eu não tive apoio”, declarou.
A policial revelou ainda que buscou acompanhamento psicológico por sofrer de TDAH, mas mesmo assim continuou sendo humilhada e destratada pelo superior. Em um dos episódios, disse ter abandonado o posto após não suportar mais as agressões.
Segundo ela, só encontrou acolhimento ao procurar a Corregedoria e conversar com o coronel Delmo, que lhe deu suporte emocional.
O apresentador Uziel Bueno, no Brasil Urgente Bahia (Band), destacou a gravidade do caso e cobrou providências das autoridades:
“Comando da Polícia Militar da Bahia, Secretaria de Segurança Pública, isso é muito grave. É preciso acolher as suas policiais e os seus policiais. Para uma subtenente vir a público e denunciar dessa forma, algo muito sério está acontecendo dentro da PM”, disse o apresentador.
A denúncia pública expõe uma realidade preocupante e reacende o debate sobre assédio e perseguição dentro das corporações policiais na Bahia.