Ex-repórter acusada de ‘usar os seios pelo PCC’ perde processo

A Justiça negou o pedido de indenização feito pela ex-repórter da RedeTV! Luana Domingos, também conhecida como Luana Don, contra a Band. Ela pedia R$ 200 mil por danos morais, alegando ter sido exposta de forma “sensacionalista e vexatória” em uma reportagem apresentada por José Luiz Datena.

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A decisão determinou que Luana pague R$ 20 mil à emissora e arque com as custas do processo e os honorários advocatícios, fixados em 10% do valor da ação. Ainda cabe recurso.

Do escândalo à absolvição

O caso veio à tona em 2017, quando Luana foi acusada de usar os seios para escrever mensagens destinadas a membros de uma facção criminosa. Na época, ela foi chamada de “pombo-correio” por Datena durante o programa Brasil Urgente.

Naquele mesmo ano, a repórter, que também é advogada, chegou a ser condenada por envolvimento com o crime organizado, após trabalhar por 45 dias em um escritório de advocacia investigado pela Polícia Civil. No entanto, foi absolvida há dois anos, por falta de provas.

Reportagem não foi considerada ofensiva
Segundo a sentença, mesmo que o tom da reportagem tenha sido “sensacionalista”, ela se baseou em investigações reais da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo, o que descaracteriza ato ilícito por parte da Band.

Além da emissora, Luana também processou a Record e o Google, mas o caso contra a Record prescreveu, e o processo contra o buscador foi extinto, já que seria impossível remover todos os links disponíveis na internet.

Facção envolvida

O Primeiro Comando da Capital (PCC), citado nas investigações, é a maior facção criminosa do Brasil, com atuação predominante em São Paulo e presença em outros estados e países da América do Sul.

Nos últimos anos, o grupo expandiu sua influência para a Bahia, onde disputa território com outras facções como o Comando Vermelho (CV).