Execução de ex-delegado-geral de SP foi ‘profissional’, avaliam especialistas em segurança pública

A ação criminosa que resultou no assassinato de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral de São Paulo, na noite de segunda-feira (15), foi conduzida por pessoas com alto nível de preparo, segundo especialistas em segurança pública ouvidos pelo UOL.

Consultores da área afirmam que a execução teve “características profissionais”, desde a forma como os criminosos desembarcaram do veículo até a realização da “contenção”, sugerindo inclusive a participação de agentes públicos no caso.

Fontes trafegava pela Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, em Praia Grande, no litoral paulista, quando foi perseguido por homens armados com fuzis. Após colidir contra um ônibus, ele foi surpreendido pelos suspeitos, que desceram de uma SUV preta e alvejaram seu veículo.

De acordo com os especialistas, o motorista da SUV mostrou ter habilidade e não saiu do volante durante o ataque. Enquanto isso, um dos criminosos fez a “contenção e perímetro” da área para garantir a segurança da execução.

Os criminosos responsáveis por atirar no ex-delegado utilizaram técnicas descritas na linguagem militar como “progressão”. Após o crime, houve uma “saída tática” utilizando a manobra de ré que, segundo consultores, é “coisa de quem sabe”.

Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo, determinou uma força-tarefa para prender os envolvidos no crime. A ação conta com participação de batalhões especiais da polícia de São Paulo e com o GAECO (Grupo de Ações Especiais Contra o Crime Organizado).

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