
Representantes do Sindicato dos Rodoviários da Bahia se reuniram, ontem pela manhã, na Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) juntamente com o titular da pasta para discutir as demandas da categoria frente às empresas de ônibus. Mesmo com a reunião, as chances de greve geral ainda estão mantidas.
Entre as demandas apresentadas estão a falta de supervisão de jovens aprendizes, falta de antecedência em escalas de trabalho e atraso no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A Semob ainda vai se reunir semana que vem com as empresas.
De acordo com o presidente do sindicato, Helio Ferreira, as empresas têm descumprido direitos trabalhistas. “Tem uma pressão muito grande nas empresas com relação aos trabalhadores com o cumprimento do acordo coletivo. Tem a questão da escala de trabalho, de folga que tem que ser no mínimo oito dias antes e não está acontecendo, além da entrada da jornada parcial, tem uma empresa que não está depositando o FGTS”.
O secretário da Semob, Fabrizzio Muller, chegou a conversar com as empresas no final da manhã de ontem. “Tem o meu compromisso em sentar com os funcionários e buscar o entendimento para que não aconteça mais paralisação”.
De acordo com Jorge Castro, consultor e assessor de relações trabalhistas da Integra, as questões levantadas pelo sindicato estão sendo cumpridas. “No que se refere aos jovens aprendizes, recebem treinamento por cerca de 5 meses e começam a atuar, são mais de 300 horas. Hoje, eu tenho um instrutor que entra no ônibus para observar como é que o motorista trabalha. Eu tenho monitores de motorista, de cobradores”, explica. Na cidade são 3.600 cobradores e 68 deles são jovens aprendizes com jornada de 4 horas. Além disso, contou que as escalas de trabalho são organizadas com antecedência para os quase 1.700 ônibus que rodam na capital, programados pela prefeitura.
A Tarde