O escocês Gerard McAliece, de 68 anos, passou por uma cirurgia complexa após desenvolver um dos casos mais graves de rinofima, crescimento excessivo do nariz, já registrados no Reino Unido. A condição, caracterizada pelo aumento das glândulas sebáceas e do tecido conjuntivo do órgão, fez com que o nariz inchasse a ponto de cobrir parte do rosto e impedir o aposentado de beijar a esposa.
Morador de Kilmalcolm, McAliece notou as primeiras alterações há cerca de seis anos, quando o nariz começou a aumentar gradualmente. “Na medida do possível, eu tentava ignorá-lo”, relatou ao jornal Daily Mirror.
Com o tempo, o quadro passou a causar constrangimento. “As pessoas começaram a me encarar, e algumas desviavam o olhar. As crianças mais novas eram as piores. Elas não têm malícia nem filtros. Eu costumava me preocupar muito nas festas de aniversário dos meus netos. O que os amiguinhos deles pensavam?”, contou.
A esposa, Carol, percebeu o sofrimento do marido e decidiu procurar ajuda especializada. “Eu não conseguia beijá-la direito há anos”, disse McAliece.
O caso foi tratado por Cormac Convery, especialista em rinofima, em uma clínica de Glasgow. Durante uma cirurgia que durou mais de quatro horas, os médicos removeram o excesso de tecido e remodelaram o nariz.
“Eles disseram que foi o maior trabalho que já haviam feito e que seria um verdadeiro desafio, mas que, com sorte, conseguiriam fazer isso em uma única sessão, o que conseguiram — embora a operação tenha durado mais de quatro horas”, relatou o paciente.
Recuperado, McAliece celebrou o resultado. “A cirurgia mudou completamente a minha vida. Carol diz que voltei a ser o homem que eu costumava ser”, afirmou.
Outro caso parecido no Reino Unido também viralizou nas redes sociais nos últimos meses. O artista de circo inglês Thomas Wedders, também conhecido como Thomas Wadhouse, permanece no Guinness World Records como o homem com o “maior nariz do mundo”, marca registrada desde meados de 1730. Segundo relatos da época, o nariz media 19 centímetros, aproximadamente o tamanho de um lápis comum.
Apesar da possibilidade de exageros, prática comum em atrações circenses, o Guinness destaca que a fisionomia de Wedders era suficiente para atrair multidões. Ele se apresentava em espetáculos pela Inglaterra e morreu por volta de 1780, aos 50 anos.
Cirurgia rara
E, falando em cirurgia rara e delicada, um procedimento realizado no Canadá chamou a atenção da comunidade médica no mês anterior. O canadense Brent Chapman, de 34 anos, voltou a enxergar após se submeter a um procedimento incomum: médicos extraíram um de seus dentes, o achataram, perfuraram um orifício, inseriram uma lente e implantaram o dente em um de seus olhos.
A técnica, conhecida informalmente como cirurgia dente-no-olho, é indicada para pacientes com formas graves de cegueira da córnea. “Parecia um pouco ficção científica. Eu pensei: É muita loucura”, disse Chapman ao portal Today.com.