A primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva, mais conhecida como Janja, se reuniu nesta quarta-feira, 1, com 11 ministras do governo e com as presidentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal no Palácio do Planalto, onde reforçaram o compromisso com as pautas femininas no novo governo Lula.
Janja disse em discurso que o combate ao feminicídio é compromisso do governo do presidente Lula, como também pontos relevantes para implantar igualdade de gênero no Brasil. A primeira Dama anunciou que no Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, será enviado ao Congresso um Projeto de Lei (PL) que tornar obrigatória a igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função no mercado de trabalho.
De acordo com o Correio Braziliense, um levantamento da consultoria Idados, publicado no primeiro semestre de 2022, revelou que as mulheres brasileiras ganham em média 20,5% a menos do que os homens no país, exercendo a mesma função. O estudo é baseado em informações de 2021 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“A gente sabe como é difícil, nós mulheres, ocuparmos espaços de decisão e poder, principalmente na política. O tema mulher é transversal de todos os ministérios. Estamos trabalhando para que isso aconteça no governo do presidente Lula”, ressaltou Janja.
Janja, citou Ellen Otoni, internada no mês passado após levar sete tiros do namorado, reforçou que atuará junto a ministérios de proteção social e à sociedade em prol das mulheres.
“O tema da violência contra mulher chega a ser pessoal. Os homens não estão satisfeitos de matar as mulheres: têm matado os filhos também”, comentou.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, reforçou a importância de políticas públicas voltadas ao combate ao “racismo ambiental”, que ela definiu como atos contra mulheres em vulnerabilidade em áreas ambientais, em comunidades com costumes próprios, a exemplo das mulheres indígenas.
“Não queremos só o dia 8. Queremos uma participação cada vez mais ampliada nos espaços de decisão e formação de políticas públicas, mas também em empresas, espaços acadêmicos e na cena cultural brasileira”, afirmou Marina.
A Presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Rita Serrano lembrou que o ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, foi afastado do cargo após denuncia de assédio sexual e moral em 2022. Rita também defende que a luta das mulheres em chegar e permanecer em espaços de poder é importante para que a sociedade quebre o paradigma do machismo.
A Tarde