Kannário se irrita com sucesso de fã e processo causa revolta entre admiradores

Nas últimas semanas, um artista baiano tem chamado atenção nas redes sociais por sua semelhança vocal com o cantor Igor Kannário. Izac Bruno Coni Silva, agora conhecido como **Zau Kannário**, conquistou o público ao interpretar canções do “príncipe do gueto” com carisma e talento. O sucesso foi tanto que ele chegou a formar sua própria banda com músicos que já tocaram com Igor. No entanto, o que parecia ser uma homenagem de fã está sendo tratado como caso de Justiça.

Zau, que se declara abertamente como fã número um de Kannário, sempre deixou claro que sua inspiração vem do ídolo. Ele se autointitulou como “filho do príncipe” e, com isso, criou um personagem que caiu nas graças do povo, especialmente dos fãs do pagode baiano. O uso do nome artístico “Kannário”, no entanto, motivou o cantor Igor Kannário a abrir um processo na Vara Empresarial de Salvador por suposto uso indevido de marca registrada.

O nome “Kannário” está, de fato, registrado no INPI desde 2016, mas a atitude de Igor ao mover o processo tem gerado debates nas redes. Afinal, até que ponto uma homenagem, por mais ousada que seja, pode ser tratada como plágio? Zau nunca tentou se passar por Igor, mas sim se apresenta como um admirador que leva adiante o legado musical que tanto o inspirou.

A ação judicial pede, entre outras coisas, uma liminar que proíba o uso do nome “Zau Kannário”, além de uma indenização de R$ 100 mil por danos morais, remoção de conteúdos com o nome nas redes e uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

Zau, por sua vez, continua sendo abraçado pelo público, que enxerga na sua trajetória a força do gueto e a coragem de um jovem que apenas quis seguir os passos de seu maior ídolo. A presença de ex-músicos da banda original apenas reforça o reconhecimento ao talento de Zau, que tem movimentado shows e redes sociais com autenticidade.

No fim das contas, fica o questionamento: homenagem ou concorrência? O fato é que Zau Kannário conquistou seu espaço de forma orgânica, e talvez o sucesso repentino tenha incomodado mais do que qualquer possível infração.

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