O prefeito Bruno Reis (DEM) afirmou nesta segunda-feira (15) que o comércio em Salvador pode voltar a funcionar, de forma escalonada, caso a taxa de ocupação de leitos no município caia para 80%. Atualmente, a capital baiana tem uma taxa de cerca de 88%.

“Considero que 80% é um percentual que dá para trabalhar, 88% não dá. Já desacelerou, de fato, os novos casos estão diminuindo […] mas ainda não repercutiu no sistema de saúde, os números só fazem aumentar”, declarou o prefeito em entrevista ao Balanço Geral, da TV Itapoan.

Apesar da ligeira melhora após 15 dias do toque de recolher e suspensão das atividades não essenciais, o prefeito explica que os casos ainda estão em crescimento, e portanto ainda é impossível determinar a reabertura, ainda que gradual.

“Não há outro caminho, eu me coloco no lugar dos empresários, mas essa era a decisão que devia ser tomada […] os especialistas falam que somente depois de 15 dias que os números começam a cair, mas temos que levar em consideração que esta nova cepa pode ser ainda mais resistente”, ponderou.

Bruno Reis lembrou que hoje Salvador tem mais adultos entre 30 e 35 anos internados, do que idosos. Das 80 pessoas que amanheceram à espera de uma vaga na UTI na capital, três são crianças.

“Estamos há apenas 15 dias em ‘lockdown’ e tem gente já manifestando, logo agora que temos vacina para imunizar os grupos prioritários e pensar em viver a normalidade na nossa cidade”, disse o prefeito.

Apesar do termo ‘lockdown’ ter sido usado pelo próprio líder do Palácio Thomé de Souza, em nenhum lugar do Brasil foi adotado de fato o fechamento total e proibição de circulação de pessoas durante o dia, diferente de outros países na Europa, por exemplo.

No entanto, há 15 dias quase todo o estado da Bahia vive sob o toque de recolher entre às 20h e 5h e, na maioria das cidades, principalmente da região metropolitana de Salvador, e a proibição dos serviços não essenciais.