Um presidiário tentou subornar um policial, na terça-feira (14), dentro da Cadeia Pública de Salvador (CPSa), no Complexo da Mata Escura. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), o homem ofereceu R$ 5 mil a um agente penal em troca de facilidades para integrar a equipe de custodiados que realizam atividades laborais na unidade.
De acordo com informações preliminares apuradas, o detento é Marcelo Batista, dono de um ferro-velho em Pirajá e investigado pelo envolvimento no desaparecimento e nas mortes de dois jovens, em novembro de 2024. A SEAP não confirmou esta informação.
A SEAP destacou que o policial recusou a proposta e imediatamente comunicou o ocorrido à Coordenação de Segurança Pública, que informou para a direção da CPSa.
“Hoje, o homem foi levado à direção da Unidade para prestar esclarecimentos e durante o trajeto até o setor, ele tentou subornar um outro policial penal, oferecendo novamente a mesma quantia.
A direção da Cadeia Pública então determinou, de forma imediata, a condução do interno à Central de Flagrantes para adoção das medidas legais cabíveis e a instauração do procedimento de conduta do apenado.
O interno prestou depoimento e depois foi reconduzido ao Complexo da Mata Escura. O caso seguirá sob investigação.
A SEAP reafirma o seu compromisso permanente com a ética, a legalidade e o rigor nos procedimentos de segurança, adotando todas as medidas necessárias para preservar a ordem e a integridade do sistema prisional baiano”, diz nota da SEAP.
Caso ferro-velho
Marcelo Batista foi preso no último dia 4, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador. O homem é investigado por tentativas de homicídio e um suposto duplo assassinato com tortura.
Além da tentativa de homicídio, Marcelo é investigado pelo desaparecimento e morte de dois jovens: Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Lima Muniz, de 25. Eles sumiram em 4 de novembro de 2024 e até hoje os corpos não foram encontrados.
