A criança de 10 anos baleada por um policial penal não resistiu aos ferimentos e faleceu na madrugada desta quarta-feira, 16, após quase um mês internada em estado grave na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Lavínia Freitas de Oliveira e Souza foi vítima de um disparo na cabeça no dia 15 de junho, durante uma briga de trânsito no município de Porto Firme (MG). O autor do disparo, segundo a Polícia Militar, é o policial penal Márcio da Silveira Coelho, de 34 anos.

Entenda o caso
Lavínia estava no banco do passageiro do carro dirigido pelo pai, quando o veículo foi atingido por tiros disparados por Márcio. De acordo com o relato da família, eles retornavam da casa dos avós da menina, em uma estrada que liga dois municípios da região, quando o carro do servidor público se aproximou em alta velocidade e fez uma ultrapassagem arriscada.

Logo depois, ainda conforme o depoimento do pai, o policial penal parou o carro bruscamente e desceu armado. Temendo ser vítima de uma tentativa de assalto, o homem acelerou para fugir, momento em que Márcio começou a atirar contra o veículo da família. Lavínia foi atingida por dois disparos, sendo um deles na cabeça.

A menina foi levada imediatamente para atendimento médico e, desde o dia 18 de junho, permanecia internada em estado gravíssimo.

O que disse o policial?
Em depoimento à polícia, o policial penal alegou que se sentiu ameaçado após supostamente ser “fechado” na pista e, por isso, reagiu com os tiros. Ele afirmou ainda não saber se tinha atingido alguém. Após o crime, Márcio foi preso em casa e teve sua arma apreendida.

O caso gerou comoção na cidade e indignação nas redes sociais. A polícia segue investigando as circunstâncias do crime, que agora passa a ser tratado como homicídio consumado.