Morreu nesta terça-feira (13), em Salvador, o médium Divaldo Franco, aos 98 anos. Fundador da Mansão do Caminho e referência internacional no espiritismo, ele deixa uma obra vasta e acessível.
Mais de 250 livros psicografados por Divaldo estão publicados, muitos deles com distribuição gratuita em formato digital. A maioria foi ditada pelo espírito Joanna de Ângelis, sua mentora espiritual. São títulos que abordam temas como autoconhecimento, vida após a morte, ética e saúde emocional sob a ótica espírita.
O site oficial da Livraria Espírita Alvorada Editora (Leal), mantida pela Mansão do Caminho, disponibiliza dezenas de livros gratuitamente em PDF: https://www.livrariaespirita.org.br/. Também é possível acessar parte do acervo por meio de aplicativos como Kardec Play e Espiritismo.NET, que reúnem obras de autores clássicos do espiritismo, incluindo Divaldo.
Além disso, plataformas como o Internet Archive e o Domínio Público abrigam edições livres de direitos autorais ou cedidas por voluntários. Em centros espíritas e bibliotecas comunitárias, há iniciativas que oferecem empréstimos ou leitura no local.
Uma obra que atravessa fronteiras
Divaldo psicografou em português, mas suas obras foram traduzidas para mais de 15 idiomas. Seu estilo mescla linguagem simples com reflexões profundas, como neste trecho de ‘Jesus e a Atualidade’: “Cada criatura carrega em si o mundo que construiu nos recessos da alma. Mudar esse mundo interior é transformar-se.”
Ao longo da vida, ele defendeu a educação como o maior caminho de transformação social. Fundada em 1952, a Mansão do Caminho atende milhares de crianças e adolescentes em Salvador, oferecendo escola, atendimento médico e apoio familiar.
Um homem, muitas missões
“Ele era médium, sim, mas também era pedagogo, cuidador, amigo. Ele via o espírito, mas enxergava o ser humano”, diz Cristina Gomes, diretora da instituição.
Mesmo diante da morte, a mensagem de Divaldo continua circulando. “A morte não nos tira ninguém. Apenas devolve ao infinito”, escreveu ele certa vez.