Foragido do sistema prisional, líder de uma facção criminosa e com um vasto histórico criminal. Esse é o perfil de Fábio Souza dos Santos, o Geleia, que continua ordenando crimes na Bahia mesmo estando fora do Brasil.

Ele, que estava entre os detentos que escaparam do Complexo Prisional de Mata Escura, em outubro de 2023, é responsável por enviar armas, drogas e dinheiro para os comparsas baianos. Um suspeito – apontado como o braço direito de Geleia – morreu em confronto com a Polícia Civil nesta quinta-feira (20) em Camaçari.

O diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), delegado Arthur Gallas, deu mais detalhes sobre o histórico de Geleia. “São vários crimes de homicídio que ele responde. Ele se encontra foragido, mas é questão de tempo. Tem um elemento dificultador porque, a princípio, ele não se encontra no Brasil. A gente está no encalço tentando localizá-lo, acredito que com a cooperação de outras instituições como a Interpol e Polícia Federal a gente consiga obter esse alcance”, disse Gallas.

Em julho de 2024, Fábio passou a integrar o Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública da Bahia, ferramenta que reúne os criminosos mais perigosos do estado. Procurado por homicídio, ele tem como área de atuação o município de Camaçari, uma das cidades em que a polícia deflagrou duas megaoperações nesta quinta.  No Baralho, ele ocupa a carta Oito do naipe de ‘Ouros’.

Geleia também foi denunciado pelo Ministério Público como o mandante da morte do percussionista Renato Santos Evangelista Sobrinho, morto em novembro de 2021, no bairro de Catu de Abrantes, em Camaçari, logo após realizar um show na localidade.