Alex Leandro Bispo dos Santos, homem suspeito de espancar e jogar a mulher do1 0º andar de um prédio em São Paulo, teria recebido R$ 12 milhões de produtora do filme sobre Jair Bolsonaro, interpretado pelo ator hollywoodiano Jim Caviezel. O suposto assassino da esposa teria recebido o valor em função de um contrato com a prefeitura paulista afim de instalar e manter wi-fi gratuito em comunidades carentes.
As informações constam da reportagem de o portal Metrópoles. “Documento obtido pela coluna mostra as assinaturas de Alex Bispo, da mulher morta, Maria Katiane Gomes da Silva, como testemunha, e Karina Pereira da Gama, presidente do Instituto Conhecer Brasil (ICB) e produtora executiva do filme “Dark Horse” a partir da produtora Go Up, na qual é sócia. Reportagem do The Intercept, publicada nesta quinta-feira (10), mostra que o ICB foi contratado pela prefeitura de São Paulo em junho do ano passado, por R$ 108 milhões, para instalar e manter por um ano 5.000 pontos de wi-fi gratuito em regiões de baixa renda na cidade”, diz a matéria.
Segundo a denúncia, a contratação ocorreu por meio de um edital contendo cerca de 20 irregularidades, apontadas pelo Tribunal de Contas do Município. Dentre estas está a escolha de uma ONG para prestação do serviço com critérios genéricos.
De acordo com a reportagem, o ICB foi contratado pela gestão Ricardo Nunes (MDB) ao custo de R$ 1.800 por cada ponto instalado e mais R$ 1.800 por mês pela manutenção de cada um desses pontos.
A empresa de Alex Bispo, denominada Favela Conectada, “foi contratada como terceirizada para realizar o serviço de manutenção, recebendo R$ 712 por mês por ponto. Em um dos pagamentos, a empresa recebeu 12 “mensalidades” de manutenção de internet por 218 pontos instalados entre 22 e 28 de abril de 2025, em um contrato que valia só até 30 de junho….Enquanto a prefeitura pagou R$ 2,7 milhões à ONG presidida pela produtora do filme de Bolsonaro só pela manutenção desses 128 pontos, o custo efetivo do serviço que chegou à população foi de apenas R$ 273 mil, considerando o custo de R$ 712 por ponto. No total, a Favela Conectada foi contratada para instalar 2.000 pontos…. a assinatura do contratado aparece somente sobre o nome “Alex” e o CPF “XXX” no contrato juntado à prestação de contas. Depois, o nome completo e CPF de Alex Leandro Bispo dos Santos aparecem em um termo de operação de dados assinado também por Maria Katiane Gomes da Silva, a mulher morta”, revela a denúncia.
