Sargento da PM preso por suspeita de abuso sexual infantil tem prisão revogada

O sargento da Polícia Militar (PM-BA), identificado como Nivaldo Guedes dos Santos, teve a prisão preventiva revogada na última terça-feira (16), pela Vara Criminal da cidade de Terra Nova, localizada na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

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Nivaldo Guedes havia sido preso no último dia 18 de junho, na cidade de Teodoro Sampaio, durante o cumprimento da Operação Alerta Laranja, deflagrada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).

Na ocasião da prisão, o agente foi acusado e investigado pelos crimes de estupro e violência sexual praticados contra crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. As investigações apontavam que ele oferecia auxílios assistenciais para se aproximar das vítimas com intenções sexuais.

De acordo com a decisão, a qual o Bnews teve o acesso, a prisão cautelar havia sido decretada devido ao entendimento de que se fazia necessária para a investigação do ocorrido. No entanto, após as oitivas das testemunhas e análise dos demais elementos de investigação, a Justiça entendeu que o acusado não apresenta risco.

Embora o comportamento anterior do réu, apontado pela autoridade policial e pelas testemunhas, tenha demonstrado um possível risco à ordem pública e à instrução criminal, esse risco não se revela mais presente no momento atual, uma vez que as provas foram devidamente colhidas e não há indícios concretos de que o réu venha a atrapalhar o prosseguimento do feito”, diz trecho da decisão.

O alvará de soltura foi expedido pelo Tribunal de Justiça do Bahia (TJ-BA), deferindo o pedido de revogação da prisão preventiva. Dessa forma o sargento teve a liberdade provisória concedida, passando a cumprir as seguintes medidas cautelares:

Proibição de manter contato, por qualquer meio, com as vítimas, seus familiares e testemunhas do processo;
Proibição de frequentar instituições de ensino ou locais que envolvam crianças e adolescentes, especialmente no Município de Teodoro Sampaio/BA;
Comparecimento periódico em juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades;
Proibição de ausentar-se da comarca de seu domicílio (Salvador), sem prévia autorização judicial;

Suspensão de eventual função pública ou atividade que implique contato com crianças e adolescentes, se ainda existente.
Em contato com a reportagem, a defesa do acusado, representada pelos advogados Francis Assis e Renato de Jesus, explicou que o processo segue com ele respondendo em liberdade: “Os indícios são de perseguições política diante dele ter sido possível indicado a candidatura de prefeito no ano de 2024”, disse a defesa.