Uma das profissões mais tradicionais do Brasil enfrenta um momento crítico, com sinais claros de que pode estar em extinção. Trata-se de caminhoneiro, que, segundo uma pesquisa alarmante da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), está sofrendo com a redução no número de profissionais ativos e com o notável envelhecimento da categoria, que em 2014 estava em 38 anos e agora, em 2025, está em 46 anos.
De acordo com informações do portal Uol, a redução acontece devido a desvalorização salarial. Em relação aos motoristas contratados via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o salário varia entre R$ 2.562 e R$ 4.020. Já os autônomos, recebem, em média, uma renda bruta de R$ 10 mil por mês, que são utilizados com combustível, pedágio e manutenção.
Os principais motivos para a baixa procura na área foram longas jornadas, falta de segurança nas estradas, ausência de pontos de descanso e baixa valorização da categoria.
Entretanto, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), a frota de caminhões está aumentando, visto que o Brasil passou de 5,3 milhões de caminhões em 2015 para 8 milhões em 2025. Porém, não houve avanços na pavimentação de rodovias e os motoristas estão mais submersos a acidentes – mais da metade tragédias em trânsitos possuem um caminhão envolvido.
Neste mesmo cenário, a legislação colocou a obrigatoriedade do exame toxicológico obrigatório para condutores das categorias C, D e E, o que reduziu ainda mais o número de profissionais.
