Um policial militar é o principal suspeito de ter executado três pessoas a tiros na noite de segunda-feira (1º), na Rua da Forca, bairro da Cidade Baixa, em Salvador. Entre os mortos está o cantor de pagodão Léo Serpa, de 29 anos, que tentava acalmar uma briga de vizinhos.

Segundo testemunhas, o artista havia saído de casa no Jardim Cruzeiro para comprar um acarajé a pedido da namorada, quando se deparou com a discussão. A confusão envolvia Anderson “Neguinho”, sua companheira Leonarda e o autor dos disparos.

Léo, conhecido na comunidade como uma pessoa pacífica, tentou intervir para evitar o pior. “Ele só pediu pra pararem com a briga. Era querido por todos”, relatou uma testemunha.

Mas o desentendimento tomou um rumo trágico. Anderson ameaçou ir buscar uma arma, momento em que o outro homem sacou uma pistola e atirou contra os três. Todos morreram no local.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) identificou o suspeito e confirmou que ele atua como policial militar. A corporação já sabe onde ele está lotado e o agente será ouvido nos próximos dias. O nome do suspeito ainda não foi divulgado oficialmente.

O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais. Familiares e fãs de Léo Serpa prestaram homenagens e exigem justiça. O corpo do cantor foi sepultado na quarta-feira (2), no Cemitério do Campo Santo.

As investigações continuam e o envolvimento de um agente da segurança pública no caso levanta questionamentos sobre o uso da força e a conduta de policiais fora do serviço.