“VAI TER QUE TER DISPOSIÇÃO PARA ME MATAR”: Policial Corrêa se revolta após prisão de Matos

O policial militar conhecido como Corrêa fez um desabafo nas redes sociais nesta quarta-feira (8), após a prisão do soldado Luan Matos, que se apresentou à Justiça Militar para cumprir pena depois de ter comentado, em um vídeo, os cinco bairros mais violentos de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador.

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No vídeo, Corrêa criticou a decisão e defendeu o direito de policiais se expressarem nas redes sociais.

“Esse celular aqui, quem comprou fui eu, do suor do meu trabalho. Quando você abre uma conta no Instagram, não existe nada dizendo que policial não pode ter Instagram”, afirmou.

O policial destacou que Matos foi punido apenas por expressar uma opinião baseada em dados divulgados pela imprensa.

“Matos foi preso porque falou dos cinco bairros mais perigosos de Candeias. Eu vi gente comentando que ele não tinha que ser blogueiro, que tinha que seguir o regulamento. Mas eu quero saber: onde está escrito que policial não pode falar?”, questionou.

Corrêa também criticou o que chamou de “hipocrisia” ao punir um policial por comentar sobre a violência.

“Ninguém, mais do que o policial, é referência para falar do combate ao crime. Eu não vejo Ministério Público dentro da favela, nem juiz trocando tiro. Poucos jornalistas entram na comunidade durante o confronto”, disse.

O PM foi mais enfático ao responder críticas de internautas:

“Se você acha que a prisão de Matos é justa porque ele falou dos bairros perigosos, você tem um problema de inveja e precisa se tratar. E eu digo mais: para calar a minha boca, vai ter que ter disposição para me matar. Não vão me calar.”

O desabafo de Corrêa repercutiu nas redes sociais, com centenas de comentários de apoio ao policial e críticas à punição aplicada a Matos. O caso reacende o debate sobre liberdade de expressão e os limites impostos aos militares nas redes sociais.