O caso dos dois atores baleados pela Polícia Militar neste domingo (9), no bairro de Cosme de Farias, em Salvador, chama a atenção para os riscos do uso irresponsável de réplicas de armas de fogo em locais públicos. Os policiais, acionados para apoiar o Samu, se depararam com cerca de 10 pessoas portando objetos que pareciam armamentos reais. Diante da aparente ameaça, a PM agiu conforme o protocolo de segurança, apenas para depois descobrir que se tratava de uma gravação não comunicada previamente às autoridades.
A filmagem acontecia sem qualquer aviso às forças de segurança, o que impediu que os policiais soubessem do que se tratava. Além disso, ao ver a viatura, os envolvidos fugiram, aumentando ainda mais a suspeita de atividade criminosa. Em um cenário onde facções armadas atuam em várias regiões da cidade, a PM precisa reagir rapidamente para garantir a segurança da população.
Durante a abordagem, um dos participantes foi detido com duas pistolas falsas e só então informou que fazia parte de um filme. No local, foram apreendidas cerca de 25 réplicas de armas e um rádio comunicador sem qualquer identificação ou autorização oficial.
O porte de simulacros de armas de fogo em espaços públicos sem autorização é proibido e extremamente perigoso. Esses objetos são idênticos aos armamentos reais e frequentemente utilizados por criminosos, tornando impossível para a polícia diferenciar uma ameaça verdadeira de uma encenação.
Policiais têm frações de segundos para reagir a uma situação suspeita. Nesse caso, a culpa não pode ser atribuída à PM, que apenas cumpriu seu papel de proteger a comunidade. A responsabilidade de evitar esse tipo de situação é de quem decide portar réplicas sem avisar as autoridades.
Esse episódio reforça a importância do planejamento e do respeito às normas de segurança. Qualquer produção audiovisual que envolva armas – reais ou falsas – deve ser previamente comunicada à Polícia Militar. Essa medida simples pode evitar confusões e garantir que cenas de ação não terminem em tragédia.
