Alento dos brasileiros em tempos de crise por conta da pandemia do coronavírus, o Auxílio Emergencial teve a sua última prorrogação anunciada no início de setembro. Apesar do governo sinalizar que o pagamento do benefício será apenas até dezembro deste ano com as novas parcelas de R$ 300, o programa pode figurar em 2021.

De acordo com o blog da Denise Rothenburg, do Correio Braziliense, em meio ao cenário de indefinição e de dificuldades do governo federal em oficializar o novo Bolsa Família, que deve ser intitulado de Renda Cidadã, os congressistas têm como meta estender mais uma vez o Auxílio Emergencial, ao menos para o início de 2021.

Em uma pesquisa XP, 174 parlamentares foram ouvidos no último mês, no qual 45% deles se mostraram favoráveis à prorrogação do benefício. De todos os ouvidos, somente 32% classificaram como alta a chance de aprovação do Renda Cidadã ainda neste ano, 34% consideram média e outros 24% colocaram como baixa as chances disso acontecer.

Cerca de 55% dos entrevistados ainda consideraram que o valor de R$ 300 deve ser mantido como ficou definido para as novas parcelas, enquanto 31% consideraram que o valor deve ser aumentado.

O financiamento para viabilizar o Renda Cidadã tem sido motivo de grande polêmica, e travou o avanço de lançamento do programa. Na última semana, o governo federal anunciou que poderia utilizar parte dos fundos dos precatórios e da verba do Fundeb para custear o programa. Postura esta, que desagradou milhares de brasileiros e foi alvo de crítica. Diante da repercussão negativa, o governo busca alternativas.

Gastos altos

Criado no início da pandemia, o Auxílio Emergencial atendeu mais de 67 milhões de brasileiros e já representa um custo de mais de R$ 200 bilhões aos cofres públicos. Nas cinco parcelas iniciais do benefício, o governo federal gastou mensalmente mais de R$ 50 bilhões. Nesta nova fase do programa, as parcelas foram reduzidas para R$ 300 para cada beneficiário, e nem todos receberão o mesmo volume de quatro cotas.