A estudante Taís Machado, de 24 anos, teve o carro furtado na madrugada desta sexta-feira (18) na porta de casa, no bairro da Boca do Rio. O veículo não tinha seguro e ela começou a receber, no final da tarde de hoje, ligações de números desconhecidos oferecendo o automóvel de volta em troca de pelo menos R$ 1500.

O pesadelo da jovem começou às 3h30, quando um homem escolheu o Fiat Uno cinza, placa JRZ 8453, ano 2008, para roubar. O carro estava estacionado em uma praça na rua do posto de saúde do Marback ao lado de diversos outros veículos.

O ladrão esperou um morador que sempre sai por volta das 3h30 deixar o local, abriu o Uno e mexeu nele até conseguir levá-lo. Ainda não foi possível identificar o homem.

Taís registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos e colocou os dados do veículo no sistema da Polícia Rodoviária Federal, além de compartilhar dados do roubo nas redes sociais.

“No final da tarde, recebi uma ligação de um número desconhecido dizendo que estavam com o carro e que pegaram através de compra como repasse de leilão. Falaram que tinham ficado com o prejuízo de R$ 1500 e se eu tinha interesse de ter o carro de volta. Eu pedi um tempo para falar com a minha mãe, mas eles não deixaram número de contato ou endereço”, descreveu Taís.

A estudante acredita que seja uma tentativa de golpe e está com medo. “Me sinto muito insegura porque sabem onde moro, eles têm meu contato. Me sinto desemparada. O máximo que consegui foi um boletim de ocorrência, uma notificação, não há uma investigação em andamento. A gente trabalha muito pra conseguir ter o carro e quando tem, é levado e não tem o mínimo de suporte”, desabafou a jovem.

Ela contou que na sua rua outros três carros foram levados da mesma forma em um curto período de tempo e os moradores sentem falta da presença policial. “Tem um posto de saúde que funciona 24 horas aqui, não era pra acontecer de forma tão recorrente tanto furto. Sentimos falta de policiamento ostensivo. Só vemos quando os policiais vêm deixar alguém no posto de saúde. Não há viaturas passando pela região”, reclamou.