A Polícia Civil havia divulgado, na última terça-feira (30), que o corpo localizado em uma cova rasa na BA-001, no município de Vera Cruz, era da professora Ariane Lima dos Santos, de 37 anos. Porém, nesta quarta (31), a instituição emitiu uma nota de retratação, afirmando que, na realidade, o cadáver é de Valdineia dos Santos Oliveira, desaparcida desde o último dia 19.
“Investigações e exames periciais complementares concluíram que o corpo encontrado na localidade de Pirituba, em Vera Cruz, é de Valdinéia dos Santos de Oliveira, desaparecida desde o dia 19 de julho. Assim sendo, a 5ª Coorpin/Valença se solidariza com os familiares e amigos da professora Ariane Lima dos Santos, por acreditar, baseado em vários indícios, de que o corpo em questão poderia ser o da professora. Diligências continuam sendo realizadas no sentido de localizar Ariane, vista pela última vez na cidade de Camamu”, diz a nota da Polícia Civil.
A Polícia Civil confirmou, nesta terça-feira (30), que o corpo encontrado esquartejado e em avançado estágio de decomposição na BA-001, o município de Vera Cruz, é da professora Ariane Lima dos Santos, de 37 anos. Ela estava desaparecida desde o dia 25 de junho, quando saiu de casa e não retornou.
Um caçador encontrou parte do corpo da professora – tronco, cabeça e membros superiores – em uma cova rasa da rodovia, nas imediações de Jiribatuba, no último sábado (27). O principal suspeito do crime é o ex-marido de Ariane, com quem tinha um filho. Ele vai responder por feminicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver, posse ilegal de arma de fogo e cárcere privado.
Durante as investigações, policiais analisaram imagens de câmeras de segurança e refizeram os passos da professora. Um dia após seu desaparecimento, ela ligou para um parente afirmando que estava sendo mantida em cárcere privado pelo suspeito. Com isso, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária dele, tendo o pedido atendido pela Justiça.
O suspeito entrou em contradição ao longo de seus depoimentos. Além disso, a polícia também localizou com ele objetos que podem ter sido usados no crime, como um revólver com projétil deflagrado, uma motosserra, que pode ter sido usada para esquartejar o corpo de Ariane. Todo material apreendido passará por perícia.
“O trabalho dos nossos investigadores foi impecável com todas as peças do xadrez devidamente encaixadas. Com agilidade e eficiência prendemos o suspeito apenas oito dias após o desaparecimento da vítima e agora, menos de um mês depois do sumiço da professora, representamos pela sua prisão preventiva com toda materialidade do crime”, pontua o Coordenador da 5ª Coorpin, delegado José Raimundo Neri Pinto.
O ex-companheiro da professora foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de feminicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver, posse ilegal de arma de fogo e cárcere privado. Ele também responde por um estupro de uma adolescente em Camamu.