A direção do Centro de Educação Infantil (CEI), instituto de ensino onde estudava o menino de dois anos Apollo Gabriel Rodrigues, que morreu após ser esquecido em uma van escolar, disse ter alertado os motoristas sobre a segurança dos estudantes.


Em mensagem enviada há cerca de um mês, depois de outra criança de dois anos morrer esquecida em uma van, a direção pediu atenção em relação aos alunos do CEI. A informação foi obtida pela TV Globo e confirmada pelo UOL.

O pedido foi para que os monitores e condutores verifiquem se todas as crianças desceram e entraram na escola antes de estacionarem os veículos. A mensagem salienta que a “capacitação dos condutores e auxiliares que ajudam deve ser muito rigorosa”.

A motorista da van, de 52 anos, foi presa nesta segunda-feira, 18, por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, mas a Justiça de São Paulo decretou sua soltura. A criança tinha sido encontrada embaixo de um banco do veículo.

De acordo com o UOL, a motorista teve a suspensão do direito de dirigir até ordem contrária da Justiça paulista. Em audiência de custódia, a Justiça apontou que a soltura ocorreu diante de algumas medidas cautelares que deverão ser cumpridas pela motorista.

Entre as determinações, estão manter o endereço atualizado na Vara competente pelo caso, devendo notificar qualquer alteração imediatamente. Além do comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades.

A motorista também está proibida de se ausentar da comarca de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação às autoridades.


Entenda o caso

Apollo Gabriel Rodrigues foi pego em casa pelo casal por volta das 7h para ser levado à creche, mas ficou esquecido dentro do veículo em um estacionamento. A criança ficou ao menos oito horas na van escolar. O menino só foi encontrado por volta das 15h30 quando o motorista voltou ao veículo e o achou trancado, em um dia com alta temperatura.

Segundo a Secretaria de Seguraça Pública, a criança estava desmaiada e foi encaminhada ao hospital Municipal Vereador José Storopolli, onde foi confirmada a morte.

O casal foi levado para a delegacia. Graft disse que estava com enxaqueca e mal-estar e isso pode ter comprometido sua atenção. A função da mulher é cuidar das crianças durante o transporte e fazer a checagem da lista das pessoas transportadas.

“Eu nunca pensei em passar por isso. É muito difícil saber que eu deixei meu filho na perua pensando que ele está seguro e fui trabalhar. Sempre eu chegava e meu filho estava lá. Hoje eu cheguei e meu filho não estava. Eu nunca mais vou ver ele”, disse Kaliane Rodrigues, mãe de Apollo, à TV Globo.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação declarou lamentar o ocorrido e que presta apoio aos familiares. “A Diretoria Regional de Educação acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem, composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família.”