Pela primeira vez, a maioria dos alunos (52%) no Brasil está matriculada na modalidade EaD, o ensino a distância. O dado é do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Em 2019, cerca de 1,5 milhão eram estudantes EaD. O número saltou para pouco mais de 2 milhões em 2020, o que representou uma alta de 26%. Ao mesmo tempo, a parcela de ingressantes na educação presencial recuou quase 14% no mesmo período.

Apesar do maior número de alunos, os cursos ficam atrás dos presenciais nas notas dos universitários no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que considera os conhecimentos específicos e gerais de cada área de formação. O dado se refere a avaliação feita em 2021 para os estudantes “concluintes”, ou seja, que estão no último ano da graduação. Cada curso é avaliado a cada três anos.

Apenas 2,3% dos cursos EaD tiveram nota máxima no indicador de qualidade. Entre as graduações na modalidade presencial, o índice é de 6,2%.

Além de só 2,3% dos cursos a distância conseguirem a nota máxima, quase metade deles (47,8%) ficou com conceito 1 e 2, abaixo do mínimo exigido pelo MEC, que é a nota 3.

A TARDE