A Polícia Federal (PF) prendeu preventivamente, na manhã desta sexta-feira (29/11), a ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, por determinação do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes, que é relator da Operação Faroeste. A investida faz parte de uma nova fase da investigação.

O pedido de prisão de Maria do Socorro foi feito pela Procuradoria-Geral da República. O ministro ainda converteu as prisões temporárias cumpridas na semana passada em preventivas, sem prazo para terminar. A desembargadora é suspeita de integrar o esquema de venda de decisões judiciais no tribunal, que permitiu grilagem de terra no oeste baiano.

A desembargadora movimentou cerca de R$ 17 milhões em suas contas entre os anos de 2013 e 2019, de acordo com a investigação. Parte dos valores não teve origem comprovada.

A PF encontrou no quarto da desembargadora cerca de R$ 100 mil em espécie, em valores convertidos para o Real. Do total, foram encontrados R$ 56,5 mil em dinheiro, 9 mil euros e 200 dólares. A operação foi realizada em duas residências da desembargadora – em uma delas no bairro do Canela, em Salvador – e no gabinete na sede do TJ-BA.

Informe Baiano