Fernando Sastre de Oliveira Filho, dono de Porsche envolvido em acidente que causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, foi aconselhado a não dirigir no último domingo, 31, momentos antes de acontecer a batida na avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo.
O alerta teria sido dado pela namorada dele, que o acompanhava em uma casa de pôquer, e pelo amigo Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, que também estava junto com o casal. Os dois casais deixaram o local por volta das 2h, momento em que houve a discussão, de acordo com depoimento da namorada de Fernando à polícia. As informações são da Folha de São Paulo.
Ele “estava um pouco alterado”, contou a jovem no depoimento. “Não chegaram em um acordo, e Fernando não quis deixar outra pessoa dirigir seu veículo”, acrescentou.
O amigo se ofereceu a ir com Fernando no Porsche para que ele não fizesse nada de errado, disse a jovem, e as duas os seguiram no Audi de Rocha. Ela disse que, ao ligar para saber onde eles estavam, o namorado a atendeu com a voz fraca e afirmou terem sofrido um acidente.
A advogada de Fernando, Carine Acardo Garcia, disse que a depoente se referiu à discussão que ele teve com a namorada, por isso estava “alterado”.
Em depoimento à Polícia Civil, o empresário disse não ter ingerido bebida alcoólica ou drogas e afirmou não se lembrar da velocidade que estava o veículo no momento do acidente.
Uma testemunha do acidente afirmou que o empresário apresentava sinais de embriaguez, cambaleava e tinha a fala pastosa logo após a batida. “Perguntou o nome do condutor da Porsche e o mesmo não conseguiu responder, bem como aparentava sinais de embriaguez, cambaleando, voz pastosa, e não sabia dizer o que estava acontecendo”, disse a testemunha em depoimento, segundo relatório da polícia.
Os policiais militares que atenderam a ocorrência não submeteram o condutor ao teste do bafômetro. Um inquérito foi instaurado para investigar se houve falhas no procedimento.