A vida é feita de altos e baixos e isso é algo que a empresária Suellen Romero sabe muito bem. Apaixonada pelo empreendedorismo desde menina, Suellen nunca conseguiu se sentir à vontade como uma assalariada. Ao longo sua jornada como empreendedora, ela já passou por vendedora de farol, viu um de seus negócios falir e entrou em depressão. Ainda assim, a empresária conseguiu dar a volta por cima e agora é CEO de uma startup de tecnologia de sucesso, a Ligue Lead, empresa focada em automação de mensagens.

Suellen começa a contar a sua história falando de sua família. Ela relata que o seu pai também era um empreendedor e que isto fez acender uma chama nela pela busca de abrir o próprio negócio. O primeiro empreendimento dela foi aos 12 anos, vendendo kits de primeiros-socorros para carros no farol.

“A alguns anos atrás existia uma lei que obrigava todos os carros a terem um kit de primeiros-socorros e o meu pai era fabricante desses kits para empresas. Essa foi a minha primeira oportunidade de empreendimento, eu comprava do meu pai os kits, porque ele não me dava, e saía para vender no farol para os carros. Esse meu primeiro negócio durou umas seis semanas, que foi o tempo em que a lei ficou em vigor, antes de ser revogada. Apesar do curto período dessa experiencia, ela já pode me proporcionar o gosto da independência, de poder comprar o que eu queria com o meu próprio dinheiro”, relata.

Os anos passaram e o desejo de ser uma empreendedora só crescia para Suellen. Até que, com 16 anos, decidiu iniciar o seu segundo negócio, uma empresa de acessórios personalizados, vindos da China, que por alguns anos fizeram sucesso. Contudo, com tempo, a concorrência dentro desse setor começou a crescer e, sem a maturidade necessária, Romero precisou abandonar esse negócio e começar um novo, voltado para alimentação.

“Até os meus 19 anos a empresa de personalizados estava indo bem, eu tinha alguns contatos de importadores da China que me ajudavam na importação. Entretanto, trazer produtos do exterior começou a se tornar cada vez mais comum e, com isso, acabamos perdendo a nossa vantagem competitiva. Além disso, eu acredito que eu não tinha maturidade necessária na época para lidar com a situação”, diz Romero.

Aos 22 anos, casada e com duas filhas, Suellen vendia, com o marido, potinhos de frutas secas, mas nesse novo empreendimento as coisas estavam indo piores do que no anterior. A mulher relata que mesmo vendendo todos os dias, eles ainda não conseguiam ter lucro, o que os levou a acumular uma dívida de R$ 80 mil.

IG