O cantor Jorge Aragão, 74 anos, expoente do Samba, foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin, doença que atinge o sistema de defesa do corpo. O linfoma não Hodgkin é um câncer no sangue, porém, diferente da leucemia, que é a doença que atinge a medula óssea. A doença de Jorge Aragão atinge os vasos e gânglios do sistema linfático, que é responsável pela defesa do corpo humano.

Por razões ainda desconhecidas, o número de casos da doença de Jorge Aragão duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), existem mais de 20 tipos de linfomas não Hodgkin, com diferentes níveis de gravidade.

Em geral, o linfoma não Hodgkin pode atingir três tipos de células do sistema de defesa, as células B, que são os mais comuns, representando 85% dos casos; as células T; e as células NK. Além da classificação por células, há variações quanto ao grau de velocidade com que se espalha no corpo humano.

Quem é mais atingido?

Esse tipo de câncer, que atinge o sistema imunológico, ainda que seja o mais incidente em crianças, se torna mais comum com o envelhecimento e atinge homens com maior frequência. O Inca estimou que entre 2023 e 2025, o país registraria a cada ano cerca de 12.040 novos casos desse tipo de câncer, sendo 6.420 casos em homens e 5.620 em mulheres. O número representa um risco de 5,57 a cada 100 mil habitantes.

Quais são os fatores de risco?

Há alguns fatores de risco que podem viabilizar a doença, como fator genético, transplantes, doenças autoimunes, infecção por HIV ou outras infecções específicas. A exposição a substâncias nocivas, como pesticidas, ou à radiação, também representa risco.

Como é o tratamento?

O Inca afirma que o tratamento depende do tipo de linfoma não Hodgkin, porém os tipos mais indicados são a quimioterapia, a imunoterapia e a radioterapia. Caso o paciente tenha quadro mais avançado da doença, quando há risco de atingir o Sistema Nervoso Central, a indicação é um tipo específico de quimioterapia e radioterapia. Nesse caso, há injeção quimioterápica no líquido cérebro-espinhal e radioterapia nessas regiões do corpo.