O mistério envolvendo o suposto desaparecimento da menina Aylla Sophia, de dois anos, chegou ao fim nesta segunda-feira (20/7). Segundo a titular da 2ª Delegacia Territorial (DT/Liberdade), Ana Paula Gomes, que investigava o caso, a “criança nunca esteve desaparecida”.

A delegada confirmou ao Aratu On que o pai da garota, Antônio Oliveira Souza, 73, foi esfaqueado por volta das 18h do sábado (18/7) na Rua Aristides de Oliveira, no bairro de Santa Mônica, em Salvador. O crime foi cometido pela companheira dele e mãe de Aylla, Emile Bispo Nascimento.

Após a tentativa de homicídio, segundo Ana Paula, a agressora fugiu do local deixando a filha sozinha com o pai, que estava ferido. O homem conseguiu ligar para outra filha, fruto de uma relação anterior, que rapidamente chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Por Aylla ser muito pequena, ela não foi levada na ambulância junto com o pai e ficou sob os cuidados de um casal de vizinhos, amigos de Emile e da vítima.

Antônio foi encaminhado para o Hospital Geral do Estado, onde foi atendido e passa bem. Segundo a Polícia Civil, ele já prestou depoimento e Boletim de Ocorrência. Agora, Emile, que comunicou o sumiço da filha nas redes sociais, deverá ser intimada para prestar sua versão dos fatos.

Nas redes sociais, a avó da criança, que se identifica como Índia Araújo, alegou que o crime foi cometido por “legítima defesa”. Emile supostamente tinha uma medida protetiva contra Antônio, mas retirou após reatar o relacionamento. O homem teria voltado a ser agressivo com a mãe de Aylla, que decidiu filmar a violência. Nesse momento, ele teria descoberto a gravação e apontado uma arma para ela, que se defendeu esfaqueando o companheiro.

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