Devido ao grande volume de chuvas que ocorreu em Salvador nos últimos dias, muitas famílias tiverm suas casas alagadas, consequentemente, ficando desabrigadas. Cerca de 70 pessoas foram abrigadas na escola municipal Coração de Jesus, localizada no bairro do Lobato.

Hildejane Vasconcelos, uma dona de casa de 40 anos, que teve sua casa afetada devido aos temporais, contou ao Bnews que não tinha condições de ficar em sua residência. “Eu tô com uma parede quase caindo, quando chove, molha toda e o telhado está podre. Não tem como ficar lá;”, disse ela, que está na escola desde o último domingo (07).

Além de Hildejane, outra moradora do Lobato, Tainá de Jesus, de 21 anos, também relatou sua experiência morando provisoriamente na escola. “Não está sendo uma das melhores, porque a gente está acostumada com a nossa cama, mas o atendimento está bom”, contou.

De acordo com a Codesal, em sete dias, já choveu mais do que a média histórica para todo o mês de abril no município. O secretário da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (SEMPRE), Júnior Magalhães, também conversou com o Bnews sobre a situação atual dos bairros afetados pela chuva em Salvador.

“Nesse momento nós estamos com 14 unidades de acolhimento provisória em escolas municipais, onde estamos acolhendo 226 pessoas, com toda a segurança possível, pessoas que saíram de áreas de risco após o acionamento das sirenes, diante do volume de chuva desses últimos dias.”, contou.
Além disso, o gestor relatou sobre os atendimentos oferecidos nesses abrigos. “Essas famílias são acolhidas, tem oferta de alimentação, café da manhã, almoço, janta, acompanhamento psicossocial, acompanhamento de saúde, para que, após isso, façam todo o cadastramento, atualização de cadastro único, verifica se a família tem condição de retornar ou não para a sua área. Caso não tenha condição de retornar, é ofertado pelo município de Salvador, aluguel social, a equipe vai em campo, verifica se houve dano nos seus móveis, dentro da sua residência, e também tem um auxílio para poder apoiar”, disse.

“A gente sabe que tem um ano letivo, não podemos prejudicar os alunos da rede municipal que estão, na verdade, nessa escola funcionando, mas a nossa prioridade neste momento é a segurança e a vida dessas famílias. Então nós vamos fazer todo o processo ser mais célebre, mais ágil, para que as famílias possam ser direcionadas ou para retornar sua residência ou para aluguel social.”, disse Júnior sobre a previsão de saída dessas famílias dos abrigos.

BNews