BRASILGrupo é suspeito de fraudar contratos públicos em São Paulo para beneficiar o PCC
São 42 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão temporária em várias cidades de São Paulo. Os mandados foram expedidos na 5ª Vara Criminal de Guarulhos
O Ministério Público faz hoje uma operação contra um grupo criminoso que fraudava contratos públicos em benefício do PCC, segundo o órgão. 14 pessoas foram presas e um mandado ainda falta ser cumprido.
O grupo é investigado por fraudes em licitação no estado de São Paulo. Segundo o MP, as empresas do grupo atuavam para frustrar a competição em processos de contratação de mão de obra terceirizada e atender a interesses do PCC.
São 42 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão temporária em várias cidades de São Paulo. Os mandados foram expedidos na 5ª Vara Criminal de Guarulhos.
Entre os presos estão três vereadores: Ricardo Queixão (PSD), de Cubatão, na Câmara desde 2012; Flavio Batista de Souza (Podemos), de Ferraz de Vasconcelos, em seu terceiro mandato; e Luiz Carlos Alves Dias (MDB), de Santa Isabel, que presidiu a Câmara entre 2013 e 2014 e de 2019 a 2020. O UOL tenta localizar a defesa dos citados.
O grupo tem contratos públicos de mais de R$ 200 milhões. Segundo promotores, havia simulação de concorrência com empresas parceiras ou de um mesmo grupo econômico.
Alguns contratos atendiam a interesse do PCC, que tinha influência na escolha dos ganhadores de licitações e fazia a divisão dos valores obtidos ilicitamente. Os municípios com contratos sob análise são Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri, Itatiba e outros.
A operação acontece uma semana após o MP revelar que empresários de duas empresas de ônibus agiam em benefício do PCC em São Paulo. Segundo o MP, a UPBUs e TransWolff lavavam dinheiro do tráfico de drogas, roubos e outros ilícitos em prol da facção criminosa.
As informações são do UOL