Omineiro Anderson Gabriel, de 38 anos, não tem tido o final de semana que imaginou nas águas de Ilhéus. Após tomar um banho de mar na praia Jardim Atlântico, ele começou a sentir coceira e ardência nas costas. “A cada minuto que passa vai queimando mais”, desabafou, em entrevista ao site neste domingo (3).

Após uma caminhada, o empresário, que está hospedado na casa de um tio, resolveu cair na água. Depois de cerca de 40 minutos no local, começou a sentir os sintomas. Quando saiu da água, viu a consequência em suas costas, cobertas por manchas.

“Saí da água e fui pra casa andando. Tomei banho, e só fui ver no banheiro a água escura saindo do corpo. A bucha vegetal ficava oleosa”, lembrou.

Ele foi atendido em um posto de saúde de Ilhéus por um clínico geral e, agora, está em observação. Nesta segunda-feira (3) o mineiro irá se consultar com um dermatologista.

Água viva

Em meio ao desastre ambiental do aparecimento de manchas de óleo nas praias nordestinas, a possibilidade dos sintomas terem relação com o caso não é descartada pela Vigilância em Saúde do município, mas não é a principal hipótese.

“Teve queimaduras, algumas características não são de óleo. Estamos investigando, fazendo todos os exames. Vários sintomas por óleo não estão presentes. Tá mais pra água viva”, afirmou o secretário de Saúde de Ilhéus, Geraldo Magela.

Segundo ele, havia várias outras pessoas na companhia de Anderson, que não sofreram com os sintomas. “Ainda não descartamos o óleo, porque naquela praia tinha pouco óleo. Do lado dele tinha 20 pessoas, só ele foi afetado”, disse.