Os pesquisadores do Serviço Nacional de Saúde (NHS), do Reino Unido, documentaram o caso de um homem de 61 anos que teve paralisia facial após receber a vacina Pfizer-BioNTech contra a covid-19. O caso é considerado raro.

O relatório do NHS detalha que, após receber a primeira dose em janeiro, o homem desenvolveu paralisia de Bell, uma doença que faz com que a pessoa sinta fraqueza muscular na metade do rosto. Ele realizou o tratamento com esteroides e se recuperou, porém, após a segunda dose, ele desenvolveu a condição novamente.

Segundo os pesquisadores, na segunda vez, foram registrados outros efeitos colaterais, incluindo gotejamento, dificuldade para engolir e incapacidade de fechar totalmente o olho esquerdo.

O homem que não teve sua identidade revelada nunca havia tido paralisia de Bell antes das vacinas, mas tinha vários fatores de risco para fraqueza facial, incluindo diabetes e hipertensão.

Os pesquisadores dizem que a vacina e a paralisia de Bell estão relacionadas, mas é um efeito colateral muito raro. Um estudo recente sugeriu que a condição ocorre em apenas 0,02% dos pacientes vacinados.

Nos testes clínicos com a vacina da Pfizer-BioNTech, ocorreram quatro casos de paralisia de Bell. Nos ensaios com a vacina Moderna, baseada na mesma tecnologia da Pfizer, também houve três ocorrências com voluntários.

Ainda assim, os pesquisadores acreditam que os benefícios de ser vacinado superem em muito qualquer risco para a vasta maioria das pessoas.

O que é paralisia de Bell ?

A paralisia de Bell é uma condição que provoca fraqueza muscular repentina ou paralisia que faz com que metade do rosto pareça cair, levando a sorrisos unilaterais. Além disso, a pessoa com essa condição tem dificuldades de fechar olho.

Acredita-se que essa paralisia pode ser causada por uma reação exagerada do sistema imunológico do corpo, que leva à inflamação, ou inchaço, danificando um nervo que controla o movimento facial.

A condição, no entanto, tende a se resolver completamente em até seis meses.