A presença de mais de 300 gatos na Ilha Furtada, na Baía de Sepetiba, em Mangaratiba, no litoral Sul do Rio de Janeiro, virou um problema para as autoridades locais. Na região que ficou conhecida como a “Ilha dos Gatos”, as centenas de felinos lutam pela sobrevivência no local desabitado e se tornaram perigosamente selvagens.

Apesar dos esforços isolados de algumas Organizações não Governamentais (ONGs), a população dos gatos confinados na ilha não para de aumentar, segundo o Uol. De acordo com a reportagem, dois são os motivos: a procriação descontrolada dos animais, que, por causa da quantidade, as ONGs não dão conta de capturar e castrar na mesma velocidade com que eles procriam, e porque pessoas continuam descartando na ilha os gatos que não querem mais ter em casa.

“Sozinhos, aqueles gatos não chegaram ali. Isso é certo. […] Quem passa de barco e vê tantos gatos na costeira da ilha fica estimulado a soltar lá os que não quer mais”, lamenta a fundadora da associação protetora dos animais Veterinários na Estrada, Amélia Oliveira, que monitora a situação da Ilha Furtada há alguns anos. Ela se baseia em uma análise científica para comprovar isso. Além disso, acrescenta que “é possível provar que novos gatos continuam sendo introduzidos na ilha através das alterações nos padrões de cores e espécies dos filhotes. E isso só pode ser fruto da chegada de ´novos moradores´ na ilha”.

Ainda de acordo com a reportagem, algumas ONGs fazem ações de captura e castrações de gatos na ilha para tentar amenizar o problema. Filhotes são resgatados para futuras adoções, mas só alguns poucos gatos adultos conseguem ser capturados, para serem castrados e, depois, devolvidos à ilha, pois não há mais como socializar os animais adultos.

Neste cenário, a secretária de Saúde de Mangaratiba, Sandra Castelo Branco, afirma que “a Ilha dos Gatos virou um problema também para o município”. Ela garante que a prefeitura da cidade está tentando resolver o problema, tanto dos animais que já existem na ilha quanto do crescimento populacional descontrolado deles em um ambiente onde simplesmente não deveria haver gato algum.

A secretaria reforça que “irá iniciar um trabalho permanente em prol dos gatos que estão lá” e ressalta que é preciso pôr um fim no descarte de novos animais na ilha. “Já mandei ofício à Marinha, pedindo para patrulhar a ilha e impedir que novos animais sejam deixados lá pelos barcos que passam”, afima.

Bnews