Segundo dados apontados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), no ano passado, a cada 100 brasileiros, 78 estavam com dívidas. Ademais, após alguns meses, em junho deste ano, o número avançou um pouco mais e chegou a 78,5% da população.
Não à toa, o governo federal acaba de lançar um programa para a renegociação de débitos, o Desenrola. O principal objetivo é justamente reduzir as altas taxas de endividamento e inadimplência que assolam o país.
Vale lembrar que, em 2022, o nível de endividamento entre as pessoas atingiu recorde da máxima histórica. Nesse sentido, esse crescimento tem a ver com três fatores principais, de acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços), responsável pela Peic.
Motivos por trás do endividamento
Assim, com base na análise da CNC, os principais motivos por trás do recorde no número de famílias brasileiras endividadas são três. Veja:
Alta da inflação;
Incentivo do uso do cartão de crédito;
Demanda estagnada para determinados serviços.
Até a metade de 2022, a taxa inflacionária avançou de forma expressiva e corroeu o poder de compra dos cidadãos. Isso se somou ao incentivo excessivo do uso do cartão de crédito, principal fator gerador de dívidas entre os consumidores. Por outro lado, para os mais ricos, houve a demanda de viagens e compras de passagens aéreas, feitas geralmente pelo cartão, que estava estagnada.
Por fim, diante do cenário atual, o governo federal espera que o Desenrola possa alcançar mais de 70 milhões de pessoas endividadas. Nessa primeira fase, os brasileiros com renda entre R$ 2.640 e R$ 20 mil podem buscar melhores condições de pagamentos com os bancos credores.
Em setembro, inicia-se um novo momento, com foco da população com renda de até R$ 2.640 ou inscrita no Cadastro Único. A partir disso, será possível negociar dívidas com descontos e opções mais amplas de parcelamento.
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