O número de jacarés que apareceu em áreas urbanas de Salvador e Região Metropolitana em apenas um dia chamou atenção: foram quatro animais resgatados apenas nesta segunda-feira, 8. Dois deles foram capturados pelo Grupo Especial de Proteção Ambiental da Guarda Civil Municipal de Salvador (Gepa) e mais dois pela Companhia de Polícia e Proteção Ambiental (Coppa).

A presença recorrente do animal é justificada por vários fatores, a exemplo das fortes chuvas que atingem a região, temperaturas mais altas ou período de reprodução dos animais, como explica o biólogo Heigon Henrique Queiroz, em entrevista.

“Esses animais acabam saindo de seus locais de vida e levados pela correnteza em alguns rios que foram canalizados, por exemplo. O ambiente deles foi ‘perturbado’ e eles se sentem incomodados. Com isso, acabam não indo para o fundo de alguma casa, algum córrego de rio ou mata. Além dos alagamentos e da velocidade do fluxo de água, o processo de degradação também contribui para que esses animais apareçam. E não só o jacaré, mas também sucuris e outros repteis”, diz.