Uma jovem, identificada como Gabrielle Barbosa, teve infecção urinária em dezembro do ano passado. Mas, para saber de tal diagnóstico, ela precisou ir a unidades de saúde várias vezes. No entanto, aos 20 anos, somente em março, ela descobriu um quadro de infecção generalizada, o qual gerou a amputação de seus pés e mãos.

“Um dia, senti dor no rim no meio do trabalho e corri para o hospital, mas lá eles trataram como cólica renal. Me colocaram no soro, só que eu vomitava muito”, relatou Gabrielle, em entrevista ao Jornal O GLOBO.

“Fiz exames e vimos que minha infecção já tinha se espalhado. Os médicos falam, hoje, que ali eu já não deveria ter ido embora, mas naquele dia me mandaram para casa. Só que, quando cheguei lá, desmaiei e minha mãe chamou o Samu. Minha saturação estava baixa”, acrescentou.

Após encarar a ausência de vaga no hospital, a moradora de Franca, em São Paulo, teve que ficar no corredor do local antes de ser encaminhada para uma sala. Somente no dia 31 de março, ela conseguiu a vaga e, ao acordar após coma induzido, notou os seus membros com faixas.

“Fui entubada e tive duas paradas cardíacas. Fiquei em coma induzido por seis dias e, quando acordei, vi que minhas mãos e pés estavam enfaixados. Os médicos demoraram um pouco para me falar que iam amputar, mas eu já sabia.”

Após as cirurgias no começo de abril, Gabrielle mencionou que “só queria saber se poderia ter uma vida normal”. Um mês depois, a jovem publicou um vídeo onde contou sua história e pediu adesão às rifas que passaria a fazer para ajudar nos gastos.

Com mais de 200 mil seguidores no Instagram, ela organizou uma ‘vaquinha’ por meio da página “Razões para Acreditar”. A meta é arrecadar R$ 520 mil para arcar com os custos das quatro próteses. “Fiquei muito feliz só de estar viva”.