Já velho conhecido de muitos comerciantes, o Golpe do Pix falso se tornou comum e muitas pessoas já adotam medidas para se precaver quanto à ação de estelionatários.

Uma lanchonete de Tubarão, no sul de Santa Catarina, resolveu se vingar de um suposto cliente que enviou, como forma de pagamento, um comprovante de Pix falso após pedir um lanche na noite da última segunda-feira (6).

Em vez de dois pães de alho recheados com picanha e geleia de pimenta, pedras e uma garrafa de refrigerante agitada foram entregues para o endereço do golpista.

Segundo o dono do estabelecimento, o pedido chegou pelo site da lanchonete como forma de pagamento em dinheiro. Durante a produção do lanche, o suspeito entrou em contato dizendo que mudaria a forma de pagamento para o Pix.

Os funcionários da lanchonete começaram a desconfiar do golpe quando o homem queria fazer a transição por chave (como CNPJ, por exemplo) em vez do QR-code – quando o estabelecimento manda o código já com o valor a ser cobrado.

“Quando ele mandou o comprovante, eu já percebi na hora que era falso, pois não marcava a razão social da lanchonete, não marcava o banco e no lugar que deveria estar o CNPJ, estava um CPF. Eu acho que ele não se atentou a isso”, afirmou Venicius Cardoso ao Portal UOL.

O estabelecimento ainda pediu para refazer o pagamento e ele mandou com o valor errado – R$101,00 em vez de R$113,00 e com dígitos a mais no campo de CPF.

Alertado sobre o golpe, o proprietário avisou a esposa, que trabalhava no local no momento, para falar que estava tudo certo com o pedido. Foi quando ele foi até o estabelecimento e teve a ideia de mandar o ‘lanche diferente’ com o refrigerante.

Após a entrega, Venicius mandou mensagem para o WhatsApp do cliente perguntando se estava tudo certo com o pedido e foi bloqueado. O lanche ‘verdadeiro’ foi dividido entre os funcionários depois do expediente.

PREJUÍZO

O estabelecimento registrou boletim de ocorrência e não é a primeira vez que ocorre esse golpe, conforme Cardoso. Nas duas unidades da lanchonete, a ação aconteceu, pelo menos, outras três vezes, ocasionando um prejuízo de aproximadamente R$ 400.