Condenado a 217 anos e três meses de reclusão, Marcos Paulo da Silva, 42 anos, conhecido como “Lúcifer”, foi recusado por presídios federais após afirmar, orgulhosamente , que já matou 48 inimigos dentro dos presídios por onde passou. Marcos, que foi diagnosticado com psicose, segue custodiado na Penitenciária Presidente Venceslau, em São Paulo, até que possa ser transferido.

Segundo a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (SAP), Silva foi preso em 1995, aos 18 anos, por furto e roubo, mas a longa condenação é decorrente de crimes praticados dentro da prisão, como assassinatos e danos ao patrimônio. Aos 19 anos, ao completar um ano de reclusão, ele ingressou no Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele deixou o PCC em meados de 2008 porque a organização “passou a visar apenas o capitalismo”.

“Fui usado pelo PCC para exterminar presos. Mas não me arrependo de matar aquelas pessoas, porque a luta era justa. Havia muitos estupradores e ladrões que roubavam presos dentro da cadeia”, disse o criminoso, em declarações à Justiça. No mesmo depoimento, ele afirmou que matou 48 presos.

Em 10 de janeiro de 2009, o presidiário criou, de dentro de uma unidade prisional, o Bonde do Cerol Fininho, cuja missão é executar membros do PCC e outros colegas de detenção que sejam considerados inimigos. Conforme o modo de agir da irmandade, as vítimas têm a cabeça e as vísceras arrancadas. Além disso, o nome Cerol Fininho é escrito com o sangue nos corpos dos mortos, nas paredes das celas e patios.