As manchas esverdeadas encontradas em praias de Barra do Jacuípe e Jauá, na costa de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, são toxinas liberadas por microalgas, conforme informações divulgadas pela prefeitura nesta sexta-feira (18).

A Defesa Civil municipal informou que os locais estão liberados para banho, com exceção da localidade de Maria Mangaba, em Barra do Jacuípe.

De acordo com dados divulgados por meio do Relatório de Monitoramento emitido pela Cetrel S.A juntamente com com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), referente à análise do material coletado pela empresa nas duas praias, as toxinas são liberadas quando ocorre floração de algas, fruto das condições ambientais, aporte de matéria orgânica, podendo alterar as características da água, a exemplo da cor e odor.

Em relação ao odor, a gestão municipal detalhou que o laudo explica que tem vínculo com a própria formação das algas e seu processo de degradação.

Na última segunda-feira (14), a Defesa Civil de Camaçari emitiu um alerta para que banhistas evitassem entrar no mar das praia onde as manchas apareceram, além de acionar os órgãos competentes, a exemplo do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

O coordenador da Defesa Civil de Camaçari, Ivanaldo Soares, destacou que as toxinas não causam coceira ou outro tipo de reação na pele.

Ainda de acordo com o coordenador, na localidade de Maria Mangaba, em Barra do Jacuípe, onde fica o manguezal, foi encontrada uma maior concentração da substância.

Ivanaldo explicou que mesmo não se tratando de um produto químico, a substância pode causar reações adversas ao organismo, se for ingerida ou for mantido contato.

O Inema destacou que foi noticiada a presença de “manchas verdes”, com aparência similar às encontradas em Camaçari, nas localidades de Subaúma (Entre Rios), Praia de Coroinha (Itacaré), Boipeba (Cairu) e Caravelas.

Ciente desses fatos, o Inema, por meio de suas equipes técnicas de fiscalização e monitoramento, está realizando inspeções e análises nas áreas afetadas em conjunto com a Bahia Pesca, Defesa Civil de Camaçari, PMBA/GRAER, prefeituras locais e comunidade pesqueira.

G1