Em meio ao caso trágico do assassinato envolvendo o motorista por aplicativo Marcos Luís Silva Alves, de 29 anos, diversos companheiros da categoria relataram também ter passado por momentos de ‘laranjada’ em corridas da plataforma. Protestos foram realizados na manhã desta segunda-feira (6), na região do CAB em Salvador.

Em conversa com o Portal, Márcia Navarro, motorista de aplicativo há sete anos e presidente da associação assmmab, contou que já passou por uma situação desesperadora ao presenciar dois passageiros usando drogas no meio da corrida.

“Outro dia desses eu peguei uma viagem solicitada por terceiros, e os dois rapazes que entraram no carro começaram a cheirar cocaína na viagem. Eu parei e mandei descer, depois fiquei até com medo e me tremendo. Eles não queriam descer, então parei o carro e fui embora correndo pela rua e os colegas que viram passando me acudiram”, relatou ela, apontando que tal cenário foi atribuído a “viagens pra terceiros”.

Os policiais suspeitam que Marcos Luís Silva Alves foi surpreendido por criminosos que solicitaram a corrida em um perfil falso. O motorista de 29 anos foi baleado pelos bandidos e teve o corpo jogado na Avenida Paralela.

Diante da recente situação, o sentimento de insegurança tomou conta dos condutores por aplicativo, como o trabalhador Eduardo Tavares, que declarou ter passado por momentos de tensão ao ser abordado por criminosos em localidades perigosas.

“Cheguei em dois bairros aqui, que não vou citar nomes, mas cheguei a ser abordado por caras do movimento armados. No momento que eu fui entrando no local pra pegar o passageiro, eu fui abordado por três homens armados. Não aconteceu nada, só foi a abordagem no momento. Fui buscar o passageiro dentro do local e foi de dia ainda. Então a gente percebe que, notadamente esse tipo de coisa continua acontecendo. A segurança continua sendo um problema”, expressou.