A missa de sétimo dia da cantora Rita Lee aconteceu na manhã desta segunda-feira (16). Durante a cerimônia, o padre Antonio Torres refletiu sobre o legado da artista e exaltou a carreira e o talento da mulher que revolucionou o rock brasileiro.

“A menina rebelde, a menina que foi crescendo em um tempo difícil, foi aprendendo. Foi desenvolvendo as possibilidades que Deus colocou em seu ser”, disse o padre. “Deus completou a sua obra. Pode ser que não entendamos, porque é difícil nos separar, é difícil não termos a Rita aqui present. Mas, ela está na presença do Senhor e nós estamos aqui fazendo memória”, declarou ele.

Em seguida, o padre ainda citou ‘Pagu’, canção que ela compôs: Música que ela fez com Zélia Duncan. Uma bruxa, que é vista como concorda, uma mulher que é só “nádegas”, mas eu percebi na música, como a Rita tinha consciência do que era ser mulher. Do que era valorizar a mulher, porque ela era forte, uma mulher que sobe entender no seu tempo qual era a missão. As suas músicas expressavam aquilo que ela sentia, no momento que estava vivendo”, disse.

O religioso ainda mencionou o marido de Rita Lee, Roberto de Carvalho: “Os casais de hoje parecem que não querem conjugar e ‘Mania de Você’ é isso. Parece que é só um momento, mas é sempre. É todo dia”, exaltou ele. “Jesus era a ovelha negra, o povo de Israel só queria saber dos milagres, dos prodígios, mas não queriam saber da palavra. Ele foi crucificado, separado, não foi compreendido”, disse o padre.