O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, revelou que pretende propor um projeto para impedir que membros da corporação se filiem a partidos políticos. Segundo ele, policiais federais que desejarem se candidatar terão que ser exonerados e cumprir uma quarentena de pelo menos dois anos. A proposta de regulamentação será enviada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública ainda neste semestre.

Caso a quarentena de dois anos seja implementada, nenhum policial federal em atividade poderá concorrer nas eleições de 2024. Andrei Rodrigues assumiu o cargo após liderar a segurança do ex-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, durante as eleições. Em entrevista ao jornal O Globo, o delegado pontuou que o policial que quer fazer política está no lugar errado.

“Infelizmente, a instituição foi usada várias vezes. Isso cria um desequilíbrio do sistema democrático, permitindo que o candidato se projete e use a instituição para proveito próprio. Nós também regulamos o uso do símbolo da PF nas redes sociais para fins pessoais e atividades não ligadas à instituição. A ideia é evitar o uso indevido da imagem da PF.”

Além da proibição de filiação partidária, Andrei Rodrigues mencionou que a PF também regulou o uso do símbolo da corporação nas redes sociais, evitando sua utilização para fins pessoais ou atividades não relacionadas à instituição. O objetivo é prevenir o uso indevido da imagem da Polícia Federal.