Prefeito da cidade de Carolina, no Maranhão, Erivelton Teixeira é acusado de praticar um aborto ilegal, sem o consentimento da vítima, com quem ele tinha um relacionamento. Segundo o Fantástico, o procedimento ocorreu em um motel.

Em entrevista ao programa da TV Globo, a vítima disse ao Fantástico que caiu em uma armadilha. O caso ocorreu há seis anos, mas só agora Erivelton, que é médico, virou réu.

“Estranhei, porque a gente se hospedava sempre no mesmo hotel. Sempre ia para o mesmo hotel, e ele me levou pra esse motel”, contou Rafaela Maria Santos.

Na época do crime, ele estava em seu primeiro mandato.

Erivelton atraiu a vítima para o motel alegando que faria um exame pré-natal na vítima. Ao chegar lá, no entanto, a mulher foi submetida a um aborto sem consentimento, segundo o Ministério Público do Tocantins.

Rafaela levou nove meses para registrar um boletim de ocorrência. Segundo o documento, Erivelton Teixeira sedou a vítima por mais de uma vez.

“Na segunda vez foi horrível. Eu senti como se minha garganta fechasse ou alguém me apertasse. E eu olhei para ele e falei: ‘Eu não estou me sentindo bem’. Foi quando eu olhei para ele e já via tudo embaçado”, diz Rafaela ao Fantástico.

A polícia acredita que o próprio prefeito tenha realizado o aborto no motel.

“Não houve qualquer divergência entre as testemunhas. Não há, por parte da Polícia Civil, dúvida de que aconteceu ali um aborto”, destaca Daniela Caldas, delegada.

Outro suspeito de ter participado do crime é o vereador Lindomar da Silva Nascimento, que era o motorista de Erivelton na época.

“O efeito demorou a passar muito tempo. E, quando eu comecei a acordar, eu estava dentro do carro, na estrada, voltando pra minha cidade, no banco da frente. E eu escutei a voz de outra pessoa. Foi quando eu olhei para trás e vi que o Lindomar estava no banco de trás”, conta Rafaela.

Em nota enviada ao Fantástico, a defesa de Erivelton Teixeira e de Lindomar Nascimento alega que seus clientes não foram notificados da ação penal e que tem total confiança em um veredito justo.

Jornal Correio da Bahia