O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) registrou 67 casos de paralisia ligados a procedimentos estéticos, distribuídos por países como Turquia, Alemanha, Áustria e Suíça. Os pacientes foram diagnosticados com botulismo, uma doença paralítica causada pela bactéria Clostridium botulinum.

Anvisa emite alerta sobre a venda de Botox falsificado.

A bactéria geralmente cresce a partir de esporos em ambientes sem oxigênio. Os especialistas apontam que o botulismo pode causar visão turva, fala arrastada, náusea ou diarreia, mas a depender da gravidade, também pode impedir a respiração e até mesmo levar à morte. Por enquanto, não há nenhum óbito entre o surto recente na Europa.

O que acontece é que veneno ofensivo da toxina bloqueadora dos nervos produzido pelo minúsculo micróbio pode ser injetado em doses minuciosamente calculadas, em partes específicas do corpo, para desligar os músculos responsáveis ​​por dores ou problemas estéticos. O famoso Botox.

A toxina botulínica é, na verdade, composta de várias substâncias diferentes. Mesmo em mãos treinadas, produtos não licenciados contendo misturas desconhecidas ou fontes falsificadas não aprovadas da toxina apresentam riscos significativos à saúde do paciente.

Por enquanto, ainda não se sabe com certeza a causa do último surto. As autoridades turcas afirmam que os produtos usados ​​no tratamento foram licenciados. Com isso em mente, a equipe segue investigando cada uma das clínicas envolvidas, que por sua vez tiveram as suas atividades suspensas.

Botulismo

Segundo o Ministério da Saúde, o botulismo apresenta três formas: alimentar, por ferimentos ou intestinal. No primeiro caso, os alimentos mais comumente envolvidos são: conservas (palmito, picles, pequi); defumados (salsicha, presunto, carne enlatada); queijos e pasta de queijos e alimentos enlatados industrializados.

No botulismo por ferimentos, a doença é causada por agulhas em usuários de drogas injetáveis; lesões nasais em usuários de drogas inalatórias. Já no botulismo intestinal, os esporos contidos em alimentos contaminados se fixam e se multiplicam no intestino, onde ocorre a produção e a absorção da toxina.

Fonte: ECDC via Science Alert; Ministério da Saúde