Um homem de 41 anos foi preso suspeito de estuprar pelo menos 9 crianças dentro da 1ª Igreja Batista de Amparo (SP). Ele atuava como professor e, segundo a polícia, confessou os crimes. Sete estupros teriam sido consumados dentro da instituição e dois em uma casa de retiro. A Polícia Civil não descarta a possibilidade de novas vítimas.

O homem atuava na evangelização de crianças e adolescentes. Em nota divulgada pela 1ª Igreja Baptista de Amparo, a instituição confirma que o professor era membro da comunidade, e afirma que “colabora com a Justiça e cumpre seu papel de dar apoio às famílias e vítimas, e também a família do acusado.”

O professor, segundo a polícia, já praticava os crimes há pelo menos três anos. Em coletiva à imprensa, Fernando Ramon Petrucelli Moralez, delegado titular de Amparo, explica que novas vítimas podem aparecer durante as investigações. “Esse número ainda não está fechado. Acreditamos que pode haver mais e as investigações prosseguem para identificar outras novas vítimas”.

Segundo informações iniciais, as vítimas são crianças do sexo feminino, entre 8 e 12 anos de idade. “Ele se aproveitava da facilidade que tinha de acesso às vítimas, da confiança dos pais, da instituição e do cargo dele”.

Em depoimento, o homem disse que escolhia crianças entre 8 e 12 anos pelo fatos delas não entenderem ao certo que estava acontecendo, evitando que contassem para a família. De acordo com o suspeito, o momento dos abusos e o medo favoreciam o silêncio.

O homem confessou os crimes para o pastor da igreja, que comunicou os pais das vítimas. Com isso, a primeira denúncia veio de um dos pais. “Ele [o suspeito] provavelmente não estava aguentando internamente, acabou confessando para o pastor da igreja e os pais vieram a tomar conhecimento posteriormente”, disse o delegado.

Nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo

“Um homem foi preso em cumprimento de mandado de prisão temporária, nessa sexta-feira (20/09), suspeito de estupro na cidade de Amparo. As investigações fazem parte da Operação Luz da Infância e contou com policiais civis e militares. O autor foi encaminhado para a Cadeia Pública de Serra Negra”.