Os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uebas) retomaram a paralisação das atividades nesta quarta-feira, 11, após não chegarem a um acordo com o Governo do Estado sobre a proposta de reajuste salarial.

Entre as universidades que iniciam a paralisação a partir desta quarta-feira estão a Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

Em protesto, um ato unificado é realizado no Campus I da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) desde 6h30, no bairro do Cabula.

Segundo a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), as negociações sobre a recomposição salarial estão em sua quarta rodada de discussões. Durante a paralisação, a partir das 15h, está prevista uma nova reunião entre o Fórum das Associações Docentes (FAD) e a Secretaria de Educação (SEC).

Um calendário de mobilização do movimento docente para realização de assembleias, está marcado para o dia 16 de setembro em discussão sobre deflagração de greve.

As negociações de recomposição salarial dos docentes estaduais acontece desde abril deste ano. Conforme o sindicato dos professores, o governo cedeu à mesa de negociação após a decisão das assembleias docentes pelo indicativo de greve, aprovado em junho.

Em nota, o Governo da Bahia informou que mantém reuniões frequentes com as representações das universidades estaduais e continua aberto a diálogo com a categoria. E reforçou querer fortalecer o ensino público com maior investimento nas universidades estaduais e na valorização dos docentes técnicos.

A Aduneb comunicou que a proposta de reajuste salarial do movimento docente consiste em três aumentos de 5,7%, a serem aplicados em janeiro de 2025, janeiro de 2026 e dezembro de 2024, respectivamente, totalizando 17,42% em dois anos (2025 e 2026), com data-base em janeiro.

Em revisão no quadro de vagas da carreira para ampliação do fluxo, em 2023, o governo do estado, disse ter promovido mais de 500 professores das quatro universidades públicas estaduais (Uefs, Uneb, Uesc e Uesb) foram promovidos, .

Segundo o governo também, os ganhos médios dos docentes universitários variam de 7,83% a 9,69%, além de um reajuste complementar de 2,53% e acréscimos de 0,73% a 2,52% devido à recomposição dos interstícios entre as classes. Eles também receberam a conversão da licença-prêmio em vantagem financeira e um reajuste linear de 4%, retroativo a fevereiro de 2023.

Técnicos e analistas universitários tiveram um reajuste de 4%, um acréscimo de 2,53% e a garantia de um novo quadro de vagas, aprovado pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).